Estreia dia 21 de Maio de 2021 no Teatro Municipal de Bragança
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Aveirense e Município de Viana do Castelo


Insónia
 é um espetáculo dirigido por Olga Roriz para um elenco renovado e criado em parceria com a equipa criativa das peças anteriores. A entrada de novos elementos no corpo de bailarinos renova pontos de vista e opções estéticas. Bailarinos de quatro nacionalidades: portuguesa, italiana, inglesa e polaca são o resultado da escolha de uma audição internacional.

Uma reivindicação do lugar do corpo, da sua energia à sua fragilidade. O corpo intranquilo de carne exposta. A selvajaria de ser mulher ou de ser homem num mesmo mundo erótico. A identidade, origem, memórias de cada um dos intérpretes foram postas à prova, confrontando o passado, o presente, o futuro e a conexão vital com as origens.

A inexorável passagem do tempo. Um estudo sobre o feminino e o masculino, o macho e a fêmea sem sexo definido, sem género.

Sendo o erotismo um conceito vago, não palpável do foro da imaginação, havia que concretizá-lo, intelectualizá-lo. Num primeiro período da criação produziu-se muito pensamento em forma de escrita. Este é um desses textos: «Erotismo é armadilha de todas as definições e interpretações. Erotismo é o jogo do solitário, é uma cela solitária que te irriga de liberdade enquanto te encerra na sua sombra e humidade. É uma forma de libertação. É instinto humano e simultaneamente animal e, na ótica em que parte de um pensamento. É uma escolha do pensamento, uma tentação. É um jogo indireto de atração, não óbvio. A combinação entre o sensual e o sexual. É efémero como uma sensação. Tudo o que estimula a fantasia. Pode ser um olhar determinado. Um toque direto. Um argumento profundo. Um tom de voz forte. Um sorriso envergonhado. Um momento onde se perde a noção do tempo. Pode partir da imaginação e pode ser alimentado conscientemente pelo trabalho da mente num jogo constante. Jogar Xadrez com alguém pode ser extremamente erótico.»
Insónia emerge no que de onírico tem a questão do amor, do género e da genética.
Estórias partilhadas com simplicidade e decoro ou desbocadamente. Matérias feitas manifesto.
E ainda a imagem de uma primavera invertida como se as estações se pudessem suspender no espaço e no tempo.

Direção/Direction
Olga Roriz

Intérpretes ⁄ Performers
Catarina Câmara, Connor Scott, Emanuel Santos, Marta Lobato Faria, Melissa Cosseta, Natalia Lis, Yonel Serrano
Participação/Participation Alunos finalistas da Escola de Dança do Conservatório Nacional (EDCN) e da FOR Dance Theatre

Banda sonora/Soundtrack
Olga Roriz e João Rapozo

Músicas/Music
Archive, Armand Amar, Bobby Diran, Brian Eno, Eleni Karaindrou, Georg Friedrich Händel, Gloria Gaynor, Hiro Kone, João Hasselberg, Johann Sebastian Bach, Lucrecia Dalt, Nils Fraham, Peteris Vasks

Cenografia e Figurinos/Scenography and Costumes
Olga Roriz e Ana Vaz

Desenho de Luz ⁄ Lighting Design
Cristina Piedade

Edição de som/Sound edit
João Rapozo

Textos/Texts Intérpretes

Assistência à criação/Creation asistant
Bruno Alves

Assistência de cenografia
Pedro Jardim

Assistência de figurinos
Ricardo Domingos

Estagiárias, assistência aos ensaios/Interns, Rehearsal assistants
Clara Bourdin, Ieva Braženaite

Direção técnica e operação de luz Contrapeso

Operação de Som PontoZurca

Coprodução/Coproduction Centro Cultural de Belém, Teatro Aveirense/Município de Aveiro e Município de Viana do Castelo

Companhia Olga Roriz
Direção Olga Roriz
Produção e digressões António Quadros Ferro
Gestão Magda Bull
FOR Dance Theatre e Residências Lina Duarte
Assistente de produção Ricardo Domingos

Premiere on May 21, 2021 at the Teatro Municipal de Bragança
Co-production Centro Cultural de Belém, Teatro Aveirense and the Municipality of Viana do Castelo

Insónia is a show directed by Olga Roriz for a renewed cast and created in partnership with the creative team from the previous plays. The addition of new elements to the corps de ballet renews points of view and aesthetic choices. Dancers of four nationalities: Portuguese, Italian, English and Polish are the result of an international audition.

A claim for the place of the body, from its energy to its fragility. The uneasy body of exposed flesh. The savagery of being a woman or a man in the same erotic world. The identity, origin and memories of each of the performers were put to the test, confronting the past, the present, the future and the vital connection with the origins.

The inexorable passage of time. A study of the feminine and the masculine, the male and the female without defined sex, without gender.

Since eroticism is a vague, non-palpable concept of the imagination, it had to be made concrete, intellectualized. In the first period of creation, a lot of thought was produced in the form of writing. This is one of those texts: “Eroticism is a trap of all definitions and interpretations. Eroticism is the game of the solitary, it’s a solitary cell that irradiates you with freedom while enclosing you in its shadow and humidity. It’s a form of liberation. It’s a human instinct and at the same time an animal instinct. It’s a choice of thought, a temptation. It’s an indirect game of attraction, not an obvious one. The combination of the sensual and the sexual. It’s as fleeting as a sensation. Everything that stimulates fantasy. It can be a determined look. A direct touch. A profound argument. A strong tone of voice. An embarrassed smile. A moment when you lose track of time. It can come from the imagination and it can be fed consciously by the work of the mind in a constant game. Playing chess with someone can be extremely erotic.”
Insomnia emerges from the dreamlike question of love, gender and genetics.
Stories shared with simplicity and decorum, or in a brazen manner. Matters made manifest.
And the image of an inverted spring, as if the seasons could be suspended in space and time.